Os broncodilatadores inalatórios, também conhecidos como Berotec® e Aerolin®, são medicações importantes no tratamento da crise de asma.
O pulmão é formado por brônquios e bronquíolos, que são como pequenos canos que levam o ar até os vasos sanguíneos, permitindo a troca de oxigênio do ar para o sangue. Quadros inflamatórios, que podem ser de causa alérgica (como na asma ou bronquite) e infecciosa (como ocorre na bronquiolite), fazem com que o diâmetro desses canos fiquem menores, dificultando a passagem de ar, causando o chiado ou sibilo (barulho semelhante a um miado de gato), que dependendo da gravidade levam a falta de ar ou cansaço.
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Diferença entre o brônquio normal e o brônquio inflamado.
Fonte: Word Gate Brasil |
Os broncodilatadores inalatórios têm esse nome pois dilatam os brônquios, relaxando a musculatura ao redor deles, aumentando seu diâmetro e consequentemente a passagem de ar. Por isso, essas medicações são importantes nas crises de asma.
Formas de apresentação dos broncodilatadores inalatórios:
- Berotec® ou fenoterol: em gotas, utilizado com nebulizadores e soro fisiológico
- Aerolin® ou salbutamol: em gotas, utilizado com nebulizadores e soro fisiológico
- Aerolin® ou salbutamol: em aerossol, utilizado com espaçador e máscara em crianças menores de 3 anos, espaçador e bucal em crianças até 5 anos e diretamente na boca em crianças maiores e adultos (não deixe de conferir o post: Diferentes Tipos de Inaladores)
Muitos pacientes têm muitas dúvidas e medo a respeito dessas medicações. Aqui estão algumas mais frequentes, com as respectivas respostas:
1) Os broncodilatadores aceleram o coração?
Sim, eles têm essa ação pois os receptores do nosso corpo que se ligam a eles não se encontram apenas no pulmão, mas também em vasos sanguíneos e no coração. Sua ação no coração é aumentar a frequência cardíaca. Arritmias (batidas do coração em ritmo irregular), infartos ou outras alterações não são efeitos colaterais quando usado nas doses preconizadas. Pacientes com problemas no coração devem consultar o seu médico sobre o uso dessa medicação, pois algumas doenças combinado com o uso dos broncodilatadores aumentam o risco de ocorrência de arritmia.
Lembre-se também que o aumento da frequência cardíaca é um efeito transitório e que esse é um fenômeno que ocorre normalmente durante o dia a dia, como quando fazemos exercícios físicos, quando ficamos ansiosos, entre outros.
2) Quem usa broncodilatador pode ficar viciado?
Não! Isso é um mito, essas são medicações que não causam dependência! O que acontece é que pessoas que apresentam crises frequentes e/ou sintomas diários necessitarão com maior frequência dos broncodilatadores. O ideal é que o tratamento de prevenção seja feito para que a ocorrência das crises diminua. Esse tratamento é feito com corticóide inalatório, entre outras medicações.
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