Cadeirinha de Carro: qual utilizar para cada idade?

Tem que mesmo usar cadeirinha de carro?

Sim, o único modo de garantir a segurança das crianças no carro é o uso de cadeirinhas adequada, pois:

  • Em caso de colisão, a cadeirinha não deixa que a criança seja jogada para fora do veículo
  • Protege a cabeça e a coluna vertebral, principalmente em bebês pequenos que ainda não apresentam tônus muscular adequado, diminuindo as lesões nessas áreas
  • Ajuda a diminuir o impacto da colisão: distribui a força da colisão por toda a área corpórea e desacelera o corpo da criança de forma homogênea
  • Impacto do cinto de segurança nas partes mais fortes do corpo de crianças pequenas, diminuindo o risco de ferimentos internos

 

Existem tipos diferentes de cadeirinha para carro:

  1. Bebê conforto
  2. Poltronas (cadeirinhas) reversíveis
  3. Poltronas (cadeirinhas) não reversíveis
  4. Elevação de assento (Booster)

 

Bebê Conforto

  • Cadeira utilizada para bebês recém-nascidos até 13kg
  • A criança deve ficar voltada para a parte de trás do carro
  • Vantagens: é leve, pode ser desacoplada do carro com facilidade e assim é fácil de transportar o bebê que está dormindo, por exemplo.
  • Desvantagem: após o bebê checar o limite de altura ou peso é necessário adquirir outra cadeirinha

 

Poltronas Reversíveis

  • Existem poltronas reversíveis que acomodam bebês recém-nascidos até crianças de 7 anos. São chamadas de reversíveis pois podem ser usadas de diversas formas:
    • Voltada para trás
    • Voltada para frente
    • Como assento de elevação
  • Enquanto os bebês são pequenos a cadeirinha deve ficar voltada para trás, pois essa é a forma mais segura de transportar os bebês, pois protege o pescoço em caso de colisão. A idade mínima para voltar a cadeirinha para frente é 1 ano ou 9kg. Orientamos manter a cadeira voltada para trás o máximo de tempo possível, até que a altura do bebê não permita mais que ele fique nessa posição. Sempre confira no manual de cada modelo a altura e peso limite.
  • Vantagem: grande durabilidade já que pode ser usado para crianças maiores
  • Desvantagem: recém-nascidos não ficam tão confortáveis nessas poltronas, é pesada e não é tão fácil desacoplar do carro. Em geral, não vem com conjuntos de carrinho.
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Bebê conforto a esquerda e poltrona reversível a direita. Crédito da Foto: Brasil Babycenter

Poltronas Não Reversíveis

  • São mais simples e com preço mais em conta.
  • Esses modelo não é possível voltar a cadeira para trás, apenas para frente.
  • Apenas crianças maiores de 1 ano ou com mais de 9kg podem utilizá-las

 

Assento de Elevação (Booster)

Os assentos de elevação devem ser usados em crianças maiores de 3-4 anos. Eles têm o intuito de elevar a criança para que o cinto de 3 pontos do próprio carro fique na altura segura de proteção. O cinto deve passar em 3 pontos do corpo: pelo centro do ombro e do peito, e no quadril.

While this child is properly restrained in a booster seat, Safe
Assento de elevação

O assento de elevação deve ser utilizada em crianças até 7-8 anos ou com no mínimo 145 cm de altura. A partir dessa altura, o cinto de 3 pontos do próprio carro já protege de forma segura em caso de colisão.

 

Como saber se a cadeirinha está bem instalada?

Após a instalação, mexa com força a cadeira para cima e para os lados. O deslocamento da mesma deve ser de no máximo 2 cm.

 

Dicas

  • Adquira sempre produtos certificados, com selo do INMETRO
  • Na hora de adquirir uma cadeira de segurança dê preferência as lojas que ofereçam auxílio na instalação
  • Antes de comprar a cadeirinha, experimente instalá-la no seu carro para ver se é apropriada
  • NUNCA reutilize cadeiras de segurança que já estiveram em um acidente de carro. Por isso, o ideal é não comprar cadeirinhas usadas
  • O melhor lugar para instalação é no assento do meio do banco traseiro, pois é o local de menor impacto em caso de colisão
  • O cinto precisa ficar justo: a folga entre o cinto de segurança e a criança deve ser de 1 dedo em todos os modelos (bebê conforto e poltrona de segurança)
  • Importante: a cabeça da criança sempre deve estar apoiada, ou pela cadeirinha ou pelo próprio banco/descanso para cabeça do carro

 

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Resumindo

 

 

Resfriado

O que é?

Resfriado ou Rinofaringite aguda é uma das doenças infecciosas mais comuns em Pediatra. É a infecção das vias aéreas superiores, ou seja, nariz, seios paranasais podendo acometer olhos e ouvido. Crianças pequenas, menores de 5 anos, podem ter cerca de 8 episódios de resfriado por ano! As que frequentam escola podem ter o dobro!

 

Como é transmitido?

Através de gotículas que são produzidas nos espirros e na tosse, através do contato com superfícies contaminadas (lençol, toalhas) e através do contato com pessoas infectadas (beijo, abraço, aperto de mão, uso de mesmos utensílios como copo e talheres).

Ao entrarmos em contato com o vírus, este fica incubado por 2 a 5 dias e após esse período os sintomas começam a aparecer.

 

Quem causa resfriado?

Diversos vírus pode causar resfriado, por exemplo:

  • Rinovírus
  • Adenovírus
  • Parainfluenza
  • Vírus sincicial respiratório
  • Coronavírus
  • Entre outros

Bactérias não causam resfriado!

 

Sintomas de Resfriado:

  • Coriza hialina (nariz escorrendo com secreção clara)
  • Nariz entupido
  • Tosse seca ou produtiva
  • Dor de garganta
  • Febre baixa (em geral menor que 38,5)

É uma doença auto limitada que apresenta melhora em 7 a 10 dias. No entanto, alguns vírus podem causar infecção no pulmão associado ao quadro acima, a chamada Bronquiolite.

 

É necessário algum exame para confirmar o diagnóstico?

Não! O resfriado comum é diagnosticado através dos sintomas clínicos e exame físico. Exames laboratoriais ou de imagem podem ser necessários quando há dúvida com outro diagnóstico ou complicações, mas em geral, não são solicitados.

 

Tratamento

Não existe tratamento específico para o Resfriado. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e minimizar a chance de complicações. Assim, o mais importante é manter a criança hidratada e lavar bem o nariz.

Orientações para tratamento de Resfriado:

  • Repouso
  • Oferecer líquidos constantemente para a criança
  • Lavagem nasal com soro fisiológico
  • Inalação com soro fisiológico
  • Anti-térmico para febre

Anti-tussígeno melhora a tosse e ajuda nos sintomas?

Não existem evidências científicas que anti-tussígenos melhorem a tosse ou outros sintomas da gripe. Em crianças maiores de 1 ano, o mel é uma boa opção para ajudar no alívio da tosse.

Descongestionantes nasais podem ser usados?

Essas medicações devem ser evitadas em crianças devido a alta chance de efeitos colaterais, como arritmias.

Possíveis complicações do Resfriado

  • A secreção nasal produzida no resfriado pode levar ao crescimento de bactérias e infecções secundárias, como otite média (infecção de ouvido) e sinusite. Nesses casos, antibiótico pode ser necessário.
  • Alguns vírus tem maior chance de causar Bronquiolite, principalmente em bebes pequenos (menores de 1 ano). É uma inflamação no pulmão, que pode causar níveis variáveis de falta de ar.
  • Quando desconfiar de complicações:
    • Falta de ar
    • Febre persistente (mais de 72 horas de febre)
    • Retorno da febre (febre cessou porém após alguns dias reapareceu)
    • Dor de ouvido

 

Resfriado é a mesma coisa que Gripe?

Não! A gripe é causada pelo vírus Influenza e vem acompanhada de febre alta, dor no corpo e prostração.

Confira o Post completo sobre Gripe

 

GripeXresfriado
Diferença da Gripe e do Resfriado 

 

 

 

Fonte:

  • Infecção aguda das vias aéreas superiores: diagnóstico e tratamento ambulatorial. Paulo M.C. Pitrez, José L.B. Pitrez. Jornal de Pediatria 0021-7557/03/79-Supl.1/S77

 

 

Refluxo: quando é normal e quando é doença?

Refluxo é frequente em bebês pequenos devido a imaturidade do esôfago (órgão que liga a boca ao estômago). É importante diferenciar o que é doença e o que é normal, pois nem todos os bebês com refluxo vão necessitar de tratamento com medicamentos.

 

O que é refluxo?

Refluxo gastro-esofágico é caracterizado pelo retorno do alimento do estômago para o esôfago e boca. É um fenômeno que em crianças saudáveis dura menos de 3 minutos e pode ocorrer várias vezes ao dia sem causar incômodo. Nesses casos, chamamos o Refluxo de Fisiológico, pois é um fenômeno natural do corpo humano.

Em alguns casos, o refluxo pode levar a sintomas e complicações. Nesses casos, é chamado de Doença do Refluxo Gastro-esofágico (DRGE). A DRGE é uma doença frequente em crianças, de caráter benigno e com boa evolução, mas que podem causar grande incômodo ao bebê e familiares.

 

Os principais sintomas em bebês são:

  • Vômitos ou regurgitações frequentes associado a:
    • Ganho de peso insuficiente
    • Irritabilidade
    • Choro excessivo
    • Distúrbios do sono
    • Eructações excessivas
  • Outros sintomas mais raros são: pneumonias de repetição, tosse, rouquidão

Em bebês os sintomas de refluxo aparecem nos primeiros meses de vida e melhoram em 80% dos casos por volta dos 12 a 18 meses.

Alguns bebês têm risco aumentado de ter DRGE:

  • Alteração neurológica
  • Obesidade
  • Algumas síndromes genéticas
  • Atresia esofágica
  • Doenças pulmonares crônicas
  • Prematuridade

 

Os principais sintomas em crianças são:

  • Dor em queimação no peito
  • Vômitos
  • Irritabilidade
  • Diminuição do apetite
  • Dor e dificuldade para engolir
  • Outros sintomas mais raros: pneumonias de repetição, tosse, rouquidão, erosão dos dentes

 

Quando é Refluxo Fisiológico?

Se a criança não fica incomodada (irritada, chorosa) com os vômitos e regurgitações, apresenta ganho de peso adequado e desenvolvimento normal o refluxo é fisiológico, ou seja, normal.

O Refluxo pode acontecer em bebês saudáveis pela imaturidade do esfíncter esofágico interno (EEI), cuja função é impedir o retorno do alimento do estômago para o esôfago. conforme o bebê cresce, o esfíncter amadurece e passa a desenvolver sua função de forma eficaz, diminuindo assim, a quantidade de vômitos e regurgitação.

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O Refluxo Fisiológico é caracterizado pelo retorno do conteúdo gástrico para o esôfago devido a uma imaturidade do Esfíncter esofágico inferior.

O acompanhamento com Pediatra é importante para diferenciar o que é doença do que é normal!

 

E a regurgitação? O que é?

É o retorno do alimento sem esforço e não-projetado, diferente do vômito. Ocorre diariamente em 50% dos bebês menores de 3 meses. Resolve espontaneamente aos 12 a 14 meses de vida e não causa desconforto e incômodo.

Bebês que usam fórmula infantil têm mais refluxo?

Não!

A DRGE e o refluxo fisiológico acometem igualmente bebês em fórmula infantil ou no seio materno.

 

Que medidas podem ajudar a melhorar os sintomas?

Em bebês:

  • Diminuir o volume das mamadas em bebês que usam fórmula infantil
  • Fórmulas com espessante
  • Cabeceira elevada a 30 graus e manutenção da criança ereta no período pós-mamada por aproximadamente 30 minutos

Crianças e Adolescentes:

  • Perda de peso nos casos de obesidade
  • Modificações na dieta, como chocolate, tomate, café e alimentos ricos em gordura devem ser evitados
  • Dormir com a cabeça da cama elevada e deitado para o lado esquerdo
  • Evitar consumo de álcool e tabagismo

 

Medicamentos para DRGE

Tratamento medicamentoso deve ser realizado com supervisão médica e acompanhamento e consiste de medicamentos que inibem a secreção ácida proveniente do estômago:

  1. Inibidores da bomba de próton, como omeprazol, esomeprazol, lanzoprazol
  2. Antagonistas do receptor H2, como ranitidina

 

DRGE pode ser causado por Alergia a Proteína do Leite de Vaca?

Sim!

Uma parcela dos bebês com DRGE vão ser alérgicos a proteína do leite de vaca. Nesses casos, o diagnóstico é feito através da retirada da proteína do leite de vaca da dieta do bebê e avaliação da melhora ou não dos sintomas.

A reintrodução do leite de vaca deve ser feita para confirmar a alergia: caso os sintomas retornem, está feito o diagnóstico.

Lembrando que dieta de restrição alimentar deve ser feita com acompanhamento médico! Existem fórmulas e orientações específicas para as alergias alimentares!

 

 

Fonte: 

  • Artigo de Revisão: Refluxo gastroesofágico. Rocksane C. Norton1, Francisco J. Penna. Jornal de Pediatria – Vol. 76, Supl.2, 2000
  • ESPGHAN/NASPGHAN 2009

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença hemorrágica viral aguda grave transmitida por mosquitos infectados. Uma pequena porcentagem de doentes que contraem o vírus apresentam sintomas graves e cerca de metade destes podem evoluir a óbito no prazo de 7 a 10 dias.

Como é transmitido?

A doença apresenta dois ciclos de transmissão epidemiologicamente distintos: silvestre e urbano.

Ciclo Silvestre

No ciclo silvestre da febre amarela, os macacos são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus, e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata.

A forma silvestre é endêmica nas regiões tropicais da África e das Américas. Em geral, apresenta-se sob a forma de surtos com intervalos irregulares, sem ciclicidade definida.

Ciclo Urbano

No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.

No Brasil

Foram definidas duas áreas:

  1. Área com recomendação da vacina, correspondendo àquelas áreas onde se reconhece o risco de transmissão;
  2. Área sem recomendação de vacina, correspondendo às “áreas indenes”, sem evidência de circulação viral.

Não é possível que uma pessoa infectada transmita diretamente o vírus para outra.

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Fatores de risco para desenvolver a doença

Esta doença acomete com maior frequência o sexo masculino e a faixa etária acima dos 15 anos, em função da maior exposição profissional, relacionada à penetração em zonas silvestres da área endêmica.

Outro grupo de risco são pessoas não vacinadas que residem próximas aos ambientes silvestres, onde circula o vírus, além de turistas e migrantes que adentram estes ambientes sem estar devidamente imunizados. A maior frequência da doença ocorre nos meses de dezembro a maio, período com maior índice de chuva, quando a reprodução do mosquito é elevada, coincidindo com a época de maior atividade agrícola.

Sintomas

Uma vez contraído, o vírus da febre amarela mantém-se em incubação no corpo durante 3 a 6 dias. Muitas pessoas não apresentam sintomas, mas quando estes ocorrem, os mais comuns são:

  • Febre alta
  • Náuseas
  • Vômito
  • Fadiga
  • Dores musculares
  • Dores de cabeça

Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem após 3 ou 4 dias, evoluindo com melhora total dos sintomas e adquirindo imunidade (proteção) permanente contra a febre amarela.

No entanto, em torno de 10 a 20% das pessoas que contraírem o vírus podem evoluir para uma forma mais tóxica, após uma breve (24 a 48 horas) recuperação dos sintomas iniciais. A febre alta retorna e outros órgãos são afetados, normalmente o fígado e os rins, causando outros sintomas, como:

  • Pele e olhos amarelados (icterícia: coloração amarelada que pode ocorrer na mucosa e/ou na pele)
  • Sangramentos
  • Fezes escuras
  • Diminuição da urina

     

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Icterícia

 

Tratamento

Não há tratamento específico para a doença, mas há cuidados específicos para tratar a desidratação, problemas do fígado e do rim, febre e dor. Aspirina (AAS) deve ser evitado, pois seu uso pode favorecer o aparecimento de sangramentos espontâneos piorando o quadro clínico.

Prevenção

A única forma de evitar a febre amarela silvestre é através da vacina, que é gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano.

Já a febre amarela urbana pode também ser prevenida evitando a disseminação do Aedes aegypti, que transmite também dengue, zika e chikungunya. O Aedes prefere depositar seus ovos em água limpa e próximo a casa. Assim, é responsabilidade de todos evitar o acúmulo de água parada nas residências (veja dicas no Post sobre Dengue na parte sobre Prevenção). Também, o uso de repelente ajuda a evitar a picada do mosquito.

Vacina contra Febre Amarela

A vacina é atenuada, ou seja, contém o vírus da febre amarela enfraquecido, cultivado em ovo de galinha.

Todos que vão viajar ou moram em áreas endêmicas têm indicação de realizar a vacina.

A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde orientam que 1 dose da vacina é suficiente para conferir proteção para toda vida.

Indicações

  • Crianças maiores de 9 meses até adultos com 60 anos

Contra-Indicações

Por ser uma vacina de vírus vivo, algumas pessoas não podem recebê-la:

  • Transplantados
  • Pacientes com doença imunosusupressora, como Aids ou Imunodeficiências Primárias
  • Pessoas com doença auto-imune ou câncer que utilizam medicações que causam diminuição da imunidade (converse com seu médico antes de realizar a vacina)
  • Gestantes
  • Crianças menores de 6 meses
  • Idosos (maiores de 60 anos) devem conversar com o seu médico para avaliar riscos e benefícios

Por ser uma vacina que é cultivada em ovo de galinha, os pacientes com ALERGIA À OVO que já apresentaram anafilaxia (reação alérgica grave) devem evitá-la pelo risco de reação. Caso o risco de infecção pela Febre Amarela seja muito grande, existem opções para a realização da vacina. Converse com seu Alergista.

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Cuidados Antes da Vacinação

  • Não é necessário nenhum cuidado específico antes de realizar a vacina
  • Em caso de febre, recomenda-se adiar a vacinação até melhora
  • Qualquer sintoma ou reação adversa deve ser notificado na Unidade de Saúde onde foi realizado

 

Quem amamenta pode receber a vacina?

Mulheres amamentando crianças abaixo de 6 meses de idade: Se a vacinação não puder ser adiada até o bebê completar 6 meses, a mãe deve realizar, antes da vacinação, a ordenha do leite e manter congelado por 28 dias, em freezer ou congelador, para uso durante 28 dias (no mínimo 15 dias), período em que há risco de transmitir o vírus vacinal pelo leite e contaminar o bebê. Confira o post sobre Extração e Armazenamento do Leite Materno

Efeitos Adversos da Vacina:

  • Dor leve a moderada com duração de 1 a 2 dias no local da aplicação pode ocorrer em 4% das pessoas vacinadas
  • Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e muscular são os eventos mais frequentes e acontecem em cerca de 4% dos que são vacinados na primeira vez e menos de 2% nas segundas doses
  • Apesar de muito raros, podem acontecer eventos graves:
    • Reações alérgicas
    • Doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico)
    • Doença em órgãos (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença)
    • No Brasil, entre 2007 e 2012, a ocorrência destes eventos graves foi de 0,42 caso por cem mil vacinados.
    • Na suspeita de reação grave procure um serviço de saúde

 

Vacina Fracionada: entenda

A vacina fracionada da febre amarela consiste na realização de 1/5 da dose plena. Estudos mostram que essa dose confere proteção durante um determinado período (em torno de 8 anos).

Assim, a recomendação atual é: pessoas que receberem a dose FRACIONADA da vacina devem realizar uma nova dose após 8 anos.

A dose fracionada será iniciada no final de janeiro/começo de fevereiro em alguns estados do Brasil.

Quem receberá a dose fracionada?

  • Pessoas saudáveis, sem problemas de saúde
  • Faixa etária de 2 a 60 anos de idade

 

Quem receberá a dose plena, mesmo quando a dose fracionada for iniciada?

  • Crianças de 9 meses a 2 anos
  • Pessoas com doenças crônicas que não têm contra indicação de realizar a vacina. Converse com o seu médico caso você tenha algum problema de saúde.

Fonte: Ministério da Saúde / Organização Mundial da Saúde(OMS) / Sociedade Brasileira de Imunização

 

Pronto Socorro: quando realmente devo levar meu filho?

Pronto Socorro (PS): pra que serve?

O Pronto Socorro tem o intuito de atender urgências e emergências, ou seja, doenças agudas graves ou doenças crônicas agudizadas que podem causar sequelas ou até mesmo óbito.

As principais queixas no Pronto Socorro Infantil são sintomas respiratórios e traumas (quedas, cortes). Nas crianças pequenas, os sintomas respiratórios são causados principalmente por infecções virais e/ou bacterianas.

No entanto, o que vemos atualmente nos Pronto Socorros são consultas para sintomas que não se enquadram em urgências ou emergências. Muitos pais acreditam que o atendimento será mais rápido e efetivo, porém quase sempre isso não é verdade.

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