Os livros são uma ótima ferramenta de incentivo ao desenvolvimento da linguagem, criatividade e imaginação nas crianças.
Inclusive, é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria a leitura de livros para crianças desde que estão na barriga da mãe. Sabemos que a partir da 22ª semana de gestação a audição do bebê já está desenvolvida, e a leitura pode se tornar um hábito a partir de então.
Após o nascimento, a leitura para o bebê tem inúmeras vantagens, como:
- Estreitamento da relação afetiva entre pais e filhos.
- Aquisição de um vocabulário rico raramente encontrado nas conversas diárias.
- Contato com frases mais extensas e estruturas sintáticas mais complexas.
- Desenvolvimento da compreensão auditiva, determinante para a compreensão de textos.
- Treinamento da memória auditiva de curto prazo, que permite armazenar e recuperar informação fonológica (verbal) a curto e longo prazo.
- Estimulação do desenvolvimento da linguagem antes mesmo de a criança ser capaz de falar.
Lembre-se que a leitura não deve ser uma obrigação, mas sim um momento prazeroso e divertido. Não são necessárias longas horas lendo livros, 15 minutos diários são suficientes.
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Fonte: emcasanova.blogspot.com.br |
Como escolher o livro para cada faixa etária?
- De 0 a 5 meses: escolha livros pequenos cartonados, de pano ou de plástico porque são mais fáceis de manusear. Também é importante apontar as figuras que estão no livro e dizer em voz alta o nome daquilo para o qual o bebê está olhando. Represente com gestos ou voz a figura que estiver indicando e imite os sons que o bebê fizer, observando a sua reação.
- De 6 meses a 1 ano: opte por livros com texturas, figuras coloridas, ilustrações de animais e objetos que despertam a atenção. Versões com fotos de bebês são fascinantes e também podem ser usados para a ampliação do vocabulário de escuta. Nesse caso, nomeie cada parte do rosto do bebê (nariz, boca, olhos, testa, queixo) e aponte a parte correspondente no rosto do pequeno leitor. Essa prática ajuda a criança a aumentar o vocabulário e a entender que ilustrações representam coisas reais. Ajude o bebê a virar as páginas fazendo-o interagir com o livro.
- De 1 a 3 anos: aposte em textos rimados (poesias, parlendas e letras de canções folclóricas) e ricos em repetições. Fábulas em versos também são ótimas alternativas. Invista ainda em livros com muitas ilustrações, possibilitando as práticas da nomeação, descrição de cenas e objetos e construção de enredos a partir das imagens. Livros com gravuras em diferentes formatos e texturas permitem à criança a exploração pelo tato.
- De 3 a 6 anos: recorra a livros com histórias mais longas e menos imagens, em especial, contos de fadas e fábulas. Opte por obras de escritores clássicos e consagrados da literatura infantil, direcionando a criança para textos de qualidade. A partir dos 3 anos, ela passa a ter um vocabulário mais amplo. Nessa fase, recomenda-se ler histórias e pedir a colaboração do minileitor para ajudar a recontá-las.
- De 6 a 8 anos: ainda com imagens, os livros dessa etapa já têm como característica histórias mais longas, com cenário e personagens definidos em termos de caráter: quem é do bem e quem é do mal.
- De 8 a 10 anos: indicam-se livros com histórias estruturadas em começo, meio e fim, cujo enredo apresente uma situação de problema a ser resolvida e aborde temas que valorizem o convívio social, como amizade, respeito às diferenças, cooperação, entre outros.
- De 10 a 12 anos: as histórias já podem ter enredos mais densos, com uma linguagem mais elaborada. Diferentes gêneros textuais podem compor a literatura dessa faixa etária: contos, crônicas, novelas de aventuras ou sentimentais, mitos, lendas, ficção científica, policial e documentários.
Fonte: uol.com.br